quinta-feira, 20 de abril de 2017

Projeto “Remissão pela Leitura” atenderá todas as unidades prisionais de Juiz de Fora a partir de maio


Cerca de 200 livros, entre novos e usados, arrecadados pelo Projeto “Remissão pela Leitura” foram entregues na tarde da última quarta-feira (19) a Giuliano de Paula, diretor geral da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, primeira unidade de Juiz de Fora a ser beneficiada pela iniciativa. O responsável pelo ato simbólico, realizado no Fórum Benjamin Colucci, foi o arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira.

Juntamente com o arcebispo, estavam o assessor eclesiástico da Pastoral Carcerária Arquidiocesana, Padre Welington Nascimento de Souza, e o juiz da Vara de Execuções Penais do Município, Dr. Evaldo Elias Penna Gavazza. Também estiveram presentes o diretor do Fórum, Dr. Paulo Tristão Machado Júnior, a promotora de Justiça Sandra de Fátima Totte, a defensora pública Ana Paula Távora Neves, o advogado Leandro César Faria, representando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e o juiz cooperador da Vara de Execuções Penais, Daniel Reche da Motta.


Ao comentar sobre a importância do projeto, Dom Gil destacou que a Igreja Católica e suas pastorais sempre se esforçarão em campanhas que sejam a favor da pessoa humana. “Nós devemos sempre fazer a distinção entre o erro e aquela pessoa que o cometeu. O erro tem que ser banido e a pessoa humana, recuperada. Nós temos que crer na recuperação e reconstrução da vida daquele que cometeu o erro. Nunca podemos perder a esperança”.

Segundo o juiz da Vara de Execuções Penais, na Comarca de Juiz de Fora o projeto “Remissão pela Leitura” só existe de fato no Ceresp, onde o número de obras, hoje, é muito pequeno para os cerca de 1.100 presos. Dr. Evaldo Gavazza afirmou que, a partir de 1º de maio, todas as unidades prisionais do município terão uma biblioteca condizente com a sua capacidade e lotação. Isso será possível, de acordo com o magistrado, através da destinação de recursos da Vara de Execuções Penais para a compra do restante dos livros para a Penitenciária José Edson Cavalieri (Pjec) e o Ceresp. A meta é que cada biblioteca, nas três unidades, conte com, no mínimo, 600 livros.

Vale destacar que, para cada livro lido, o sentenciado passará por uma avaliação. Se ele obtiver o percentual de aproveitamento mínimo estabelecido, quatro dias de sua pena são remidos. Por ano, é permitido aos acautelados ler, no máximo, 12 obras. A redução dos dias de reclusão também é possível através de estudo e trabalho.

Até o momento, já foram arrecadados aproximadamente 600 livros, entre novos e usados. Os interessados em contribuir com o projeto devem procurar a lista de obras selecionadas, de variados níveis intelectuais e gêneros, na Catedral Metropolitana ou na Livraria Vozes. O pedido é que sejam doados de 20 a 30 exemplares do mesmo livro.

Texto e foto: Assessoria da Arquidiocese JF

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