quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Nota da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Juiz de Fora sobre a crise no Sistema Carcerário Nacional

Juiz de Fora, 17 de janeiro de 2017

Nota da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Juiz de Fora sobre a crise no Sistema Carcerário Nacional


Lembre-se dos presos como se vocês estivessem na prisão com eles. (Hb 13,3).                                                                                                    

   A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Juiz de Fora, diante da dolorosa crise que se instala sobre o Sistema Carcerário Nacional, vem a público manifestar seu pesar e também reafirmar seu compromisso no atendimento dos encarcerados e seus familiares atendidos por nossa pastoral em nossa Arquidiocese.    
   Cabe ao Estado o dever de propiciar o mínimo de dignidade a uma população que carece dos direitos sociais mais básicos a fim de devolver o detento à liberdade, livre da criminalidade. Dados recentes do Ministério da Justiça mostram que a população carcerária cresceu 575% nos últimos 26 anos. O paradoxo desta política de “encarceramento em massa” é que os esforços governamentais, que se empenham na construção de mais presídios, não diminuem, mas aumentam a criminalidade.
   O Brasil ostenta hoje o patamar de quarta maior população carcerária do mundo, atrás de EUA, China e Rússia. No entanto, entre eles é o campeão de prisões de acusados sem condenação. Na questão de superlotação, somos também um dos vencedores: temos metade das vagas para atender o número de encarcerados.
   Nas Unidades Prisionais de todo nosso país predominam a superlotação, a violação de direitos e os recorrentes casos de maus-tratos e torturas. O “encarceramento em massa” nos Sistemas Prisionais não gerou melhora na Segurança Pública em nossas cidades. Pelo contrário, os índices de violências nos últimos anos, aumentaram de maneira gigantesca, vitimando, sobretudo as pessoas pobres, negras, das periferias e de baixo nível educacional.
   Fica evidente que encarcerar pura e simplesmente não é solução para pôr fim a tanta violência, pois infelizmente o Estado não cria estruturas que contribuam para reconstrução da vida das pessoas encarceradas e sua ressocialização. Como disse o Papa Francisco em sua visita ao México, é “um engano social acreditar que a segurança e a ordem só são alcançadas prendendo as pessoas”, pois as prisões, nos esquemas atuais, significam dor e destruição da pessoa humana.
   Enfim, é urgente construir novas estruturas que propiciam a ressocialização, para em um futuro próximo vivermos o tão sonhado “mundo sem prisões”, encontrando alternativas para punir os que erram e combatendo eficazmente a criminalidade e a corrupção.
   Queremos também dizer um não explícito a toda forma de violência praticado por membros das facções criminosas que agem com requintes de crueldade e desrespeito à dignidade do ser humano. Que o Estado consiga a solução para o grande problema do crime organizado e o diabólico tráfico de drogas.
   A todos envio a Bênção de Deus, por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia e de São Dimas protetor dos encarcerados e do Sistema Prisional. 

                                                                                      
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Padre Welington Nascimento de Souza
Assessor Eclesiástico da Pastoral Carcerária

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Aviso: recesso de férias do Blog

Olá, irmãos internautas!

É sempre um prazer recebê-los em nosso blog para conferir as notícias, os eventos e as informações da nossa Pastoral Carcerária. Por isso, com muito carinho, estamos sempre atualizando-o com novidades para você!

Informamos que a partir de hoje, nosso blog não será atualizado devido ao recesso de férias do departamento de comunicação. Mas a partir do dia 02 de fevereiro, voltamos a todo vapor, fiéis à nossa missão de evangelizar através de todos os meios de comunicação, levando a verdadeira Boa Nova a todos!

Contamos com sua compreensão!